Conheça o poder escondido na sua sombra
A palavra sombra nos remete ao que está escondido, não visto, oculto. Refere-se a tudo aquilo que é renegado e não desejado. A obscuridade traz a inquietude, o medo, o desejo de afastar daquilo que é amedrontador. No social, a sombra é representada pelos bêbados, mendigos, prostitutas, bandidos, loucos, etc. Tudo aquilo que a sociedade rejeita ela joga na sombra. A sombra é o noturno, a lua, lilith, o medo mais profundo, o diabo com seu inferno torturante.
No psiquismo a sombra é tudo aquilo que desconhecemos em os mesmos, os aspectos que não queremos ver da nossa personalidade, as fantasias inconfessáveis, os desejos secretos, os ódios que negamos, é tudo aquilo que não gostamos na nossa personalidade.
Mas para existir a sombra deve haver a luz. A luz é dia, o sol, o luminoso, o Self (eu interior), que por ser desconhecido está contido na sombra como um tesouro enterrado. Assim, a sombra também possui aspectos positivos, que são as potencialidades que desconhecemos em nós, uma vocação para pintura, para o teatro, para escrever, para mecânica, etc.
Segundo James Hillman, não é em nosso lado sombrio que a força do demônio cresce, mas em nossa luminosidade. Ele ganha força quando nos afastamos da nossa sombra, ou seja, quando deixamos de ver as nossas mazelas internas e nos enganamos em relação àquilo que realmente somos, nos escondendo de nós mesmos. O confronto com a própria sombra é doloroso mas extremamente compensador, pois quando tomamos contato com os aspectos sombrios da nossa personalidade, liberamos uma grande quantidade de energia que estava sendo usada para nos proteger da existência destes conteúdos.
Assim, é remexendo neste lodo da nossa existência que chegaremos à luz. Se ficarmos só buscando a luz, ficarmos tal como mariposas: cegos pela luz, girando em torno, fascinados pela luz e sem consciência.
É na sombra que somatizamos as doenças pelo desconhecimento de aspectos que temos que integrar à consciência. Uma das formas utilizadas pelo Self para trazer o indivíduo à consciência de si mesmo é a doença.
Nas terapias, quase tudo o que vem à tona é conteúdo da sombra, pois é material desconhecido, inconsciente. Neste sentido, o objetivo da terapia é trabalhar a sombra em seu aspecto amplo, ou seja, buscar trazer à tona os aspectos da sombra que as pessoas não querem ver, bem como as potencialidades desconhecidas.
O que temos que fazer em relação à sombra é tomar consciência de sua existência, para que a mesma não nos tome de assalto. Deve-se tomar consciência da sombra, pois ela sempre existiu e sempre existirá enquanto formos humanos.
Segundo Jung, todo ser humano tem uma sombra e quanto menos ele souber dela, mais escura e densa ela será. De tal modo, formará um obstáculo inconsciente que frustrará suas melhores intenções. Lembremo-nos do oráculo de Delfos: “conhece-te a si mesmo”, que é o processo pelo qual tomamos consciência do nosso lado sombrio.
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